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.Sempre-viva, planta típica do Cerrado,
no Parque Estadual dos Pirineus (GO).
Foto: © Daniel De Granville, 2010
.Sempre-viva, planta típica do Cerrado,
no Parque Estadual dos Pirineus (GO).
Foto: © Daniel De Granville, 2010
Acabo de retornar da viagem que começou em dois de maio no Rio de Janeiro e seguiu pelo Piauí, Distrito Federal e Goiás. Foram 14 voos, 19 horas de ônibus, 4 horas de barco, algumas centenas de quilômetros de carro e várias caminhadas em trilhas. Nestes 25 dias de campo observei e fotografei um pouco de tudo, desde coisas maravilhosas até cenas que ninguém gosta de presenciar – mas que necessitam ser vistas.
Final de tarde incrível observando
a revoada dos andorinhões no
Parque Nacional da Serra da Capivara (PI).
Foto: © Daniel De Granville, 2010
a revoada dos andorinhões no
Parque Nacional da Serra da Capivara (PI).
Foto: © Daniel De Granville, 2010
Na Baía de Guanabara, por exemplo, visitamos manguezais poluídos de onde um grupo de pescadores chega a retirar 8 toneladas diárias de dejetos, entre sacos plásticos, pneus, sofás, geladeiras, peças de carros, cachorros mortos, caixões e, às vezes, defuntos humanos. No sertão do Piauí, presenciei a realidade de quem consegue produzir criativamente e sobreviver em uma região onde nosso bem mais precioso – a água – é escassa. No Cerrado goiano, acompanhei projetos de recuperação de nascentes degradadas em assentamentos rurais que antes eram monocultura de cana-de-açúcar ou de braquiária para pastagem.
Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ)
visto a partir da Baía de Guanabara.
Foto: © Daniel De Granville, 2010
visto a partir da Baía de Guanabara.
Foto: © Daniel De Granville, 2010
Foi possível constatar pelo menos duas coisas em comum entre as experiências que vivi pela Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado: a quantidade de belezas naturais pouco conhecidas que ainda existem para apreciarmos no Brasil, e a presença de muita gente de boa vontade que luta contra as adversidades e se dedica a melhorar a qualidade do ambiente, das águas e da vida em nosso país.
Escolhi para postar aqui no blog duas fotos prediletas que fiz em cada um dos biomas que visitei. Não pude incluir todas as imagens que gostaria, já que muito do material tem restrições contratuais e só poderá ser publicado quando o projeto para o qual estou trabalhando estiver em fase de conclusão.
A Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo (RJ)
vem sofrendo com a pressão sobre seus recursos naturais.
Foto: © Daniel De Granville, 2010
vem sofrendo com a pressão sobre seus recursos naturais.
Foto: © Daniel De Granville, 2010
Esta semana faço uma pausa para recarregar as energias, colocar o escritório em dia, inaugurar uma exposição fotográfica na Feira Ambiental e Social de Bonito, lançar a coleção de 10 marcadores de livros com minhas fotos no mesmo evento e enviar alguns equipamentos fotográficos para conserto em São Paulo. Daí parto para a segunda etapa das viagens, desta vez cobrindo as regiões Norte e Nordeste, começando por Belém. Até mais!