terça-feira, dezembro 28, 2010

Rede Ambiente no Ar

Está no ar a Rede Ambiente, resultado dos trabalhos que realizei Brasil afora ao longo do primeiro semestre deste ano. Desenvolvida para a Petrobras pelo Canal Azul TV, a Rede Ambiente é um projeto de comunicação na Internet que visa a disseminação da cultura ambiental, o aprimoramento de experiências educacionais, acadêmicas e de pesquisa, enfocando a biodiversidade brasileira e as interações do homem com o meio ambiente.

Eu participei como fotógrafo, entrevistador, conteudista e produtor de campo, além de elaborar os textos de caráter jornalístico para cada um dos 36 vídeos que irão ao ar (mais da metade já está disponível no site).

Foram 53 dias entre maio e julho de 2010, visitando 11 Estados brasileiros para ver o que de melhor está sendo desenvolvido na área socioambiental com o apoio da Petrobras. Além de mim, o amigo e biólogo José Sabino – curador do Projeto Rede Ambiente – também visitou outros três Estados e completou as atividades de campo nas quais eu não pude participar.

Seja bem-vindo para visitar a Rede Ambiente, assistir aos vídeos, ler os textos, ver as fotos!
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sexta-feira, dezembro 17, 2010

Mais uma vez, Ano Novo!

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CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR


Caros amigos, colegas, parceiros, clientes e colaboradores da Photo in Natura:

Chegou a hora de novamente enviarmos nossos melhores desejos para o novo ano, portanto aqui está o cartão da Photo in Natura com votos para 2011.

Desta vez, uma amostra de tudo o que vimos e fotografamos este ano no nosso quintal, sem sair de casa.

Abraços e Feliz Ano Novo!

Daniel e Tietta
Photo in Natura
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quarta-feira, dezembro 15, 2010

Feira de Aves na Patagônia

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Flagrante de Periquitos-da-Patagônia
em uma manhã fria de lua quase cheia.
Foto: © Daniel De Granville, 2010


De volta ao Brasil após nossa participação na Feria de Aves de Sudamérica, na Patagônia Argentina, é hora de trabalhar todas as informações e oportunidades que identificamos durante o evento. Ao longo dos próximos dias vamos elaborar um relatório detalhado do que vimos por lá, mas desde já podemos dizer que o balanço foi muito positivo.

Pudemos entender como a observação de aves está organizada no país (cujas estatísticas oficiais apontam 30 mil observadores praticando a atividade), fazer contatos com operadores de turismo e promotores de destinos por todo o continente sul-americano, conhecer pessoas que são ícones da ornitologia e observação de aves nas Américas (como Tito Narosky, autor de diversos guias consagrados) e visitar destinos regionais onde pode-se praticar observação. Pudemos ainda fazer várias amizades e comprovar a hospitalidade de nossos “hermanos” argentinos.

Com tanta coisa linda para ver,
fica difícil escolher para qual lado olhar.

Foto: © Daniel De Granville, 2010


Nossas duas palestras e a exposição fotográfica foram muito bem recebidas e apreciadas, a tal ponto que eu e Tietta já fomos convidados a participar novamente da Feira em 2011. Mas, desta vez, para ministrar dois mini-cursos sobre fotografia de aves e infra-estrutura para observação!


O carcará não é uma espécie rara, mas para nós foi uma surpresa
encontrá-lo em plenos Andes, pertinho da neve!

Foto: © Daniel De Granville, 2010


Nossa participação só foi possível graças ao apoio das entidades a seguir, que forneceram apoio financeiro (F), institucional (I), logístico e material para nossa ida. Os custos da viagem foram integralmente cobertos por estes parceiros,
incluindo a neutralização do carbono emitido pela nossa participação. Os cálculos de neutralização foram feitos pelo Instituto das Águas da Serra da Bodoquena (IASB), que promoverá o plantio de árvores em acordo com a quantidade necessária para zerar o carbono que emitimos.

Agência Ar (F)
Ambiental Expedições (F)
Associação Bonitense de Hotelaria (I)
Associação de Guias de Turismo de Bonito (F)
Associação Bonitense de Agências Turismo (F)
Associação dos Atrativos Turísticos de Bonito e Região (I)
Avistar Brasil (I)
Boca da Onça Ecoturismo (F)
Buraco das Araras Ecoturismo (F)
Chalé Apart Hotel (F)
Conselho Municipal de Turismo de Bonito (I)
Estância Mimosa Ecoturismo (F)
Fazenda San Francisco Agro Ecoturismo (F)
Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (F)
Hotel Bonsai (F)
Hotel Cabanas (F)
Hotel Piramiúna (F)
Hotel Pousada Águas de Bonito (F)
Leo Persi Consultoria em Ecoturismo (F)
Photo in Natura (F)
Pousada do Peralta (F)
Pousada Olho d'Água (F)
Recanto Ecológico Rio da Prata (F)
Secretaria Municipal de Turismo, Indústria e Comércio de Bonito (F)
South Wild | Jaguar Research Center (F)
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domingo, novembro 21, 2010

¡Y Viva Los Pajaritos!

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Uma das imagens que fará parte de
nossa
exposição na Argentina.
Foto: © Daniel De Granville, 2009


De uma forma ou de outra, os animais têm sido nosso objeto de lazer, nossa fonte de inspiração e nosso objeto de trabalho há vários anos. Nos divertimos, temos ideias e ganhamos a vida graças a eles, seja fotografando, guiando, pesquisando ou ensinando as pessoas a apreciá-los e respeitá-los.

Assim, estamos partindo para a Patagônia Argentina dentro de algumas horas para participar da Feria de Aves de Sudamerica, um encontro anual de observadores de aves e amantes da natureza que acontece em San Martin de Los Andes de 24 a 27 de novembro. Eu apresentarei uma conferência com o tema “Oportunidades para fotografia e observação de vida selvagem no Brasil: uma viagem pela natureza brasileira” e a Tietta fará uma versão de sua tão solicitada palestra sobre “Infraestrutura necessária para observação de aves em empreendimentos turísticos”, que já foi mostrada em várias localidades do Brasil, em Portugal e agora viaja para a terra dos irmãos argentinos. Além disto, faremos uma exposição com 22 fotografias de minha autoria mostrando a natureza do Brasil.

Nosso muito obrigado a todos estes parceiros aí de cima,
sem os quais nossa participação não seria possível.

O mais legal de tudo é que o trade turístico de Bonito e do Pantanal, além de instituições em São Paulo, Belo Horizonte e na própria Patagônia, se mobilizaram no sentido de viabilizar nossa participação. Estamos sendo patrocinados por mais de vinte entidades que acreditam na observação de aves e da vida selvagem em geral como um grande nicho de mercado ainda subaproveitado em nosso país.

Páginas de abertura das nossas palestras.


É uma excelente maneira de marcar a presença de Bonito, do Pantanal e de outras regiões naturais do Brasil como destinos para estas atividades. Nós estamos indo voluntariamente, sem receber remuneração financeira (apenas ajuda de custo), e as instituições parceiras ratearam os custos entre elas. Assim não fica pesado para ninguém e todos ganham! Aguarde notícias da gelada Patagônia ao longo dos próximos dias.

RELAÇÃO DAS ENTIDADES PARCEIRAS QUE NOS APOIARAM
FINANCEIRAMENTE (F) OU INSTITUCIONALMENTE (I)

Agência Ar (F)
Ambiental Expedições (F)
Associação Bonitense de Hotelaria (I)
Associação de Guias de Turismo de Bonito (F)
Associação Bonitense de Agências Turismo (F)
Associação dos Atrativos Turísticos de Bonito e Região (I)
Boca da Onça Ecoturismo (F)
Buraco das Araras Ecoturismo (F)
Chalé Apart Hotel (F)
Conselho Municipal de Turismo de Bonito (I)
Estância Mimosa Ecoturismo (F)
Fazenda San Francisco Agro Ecoturismo (F)
Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (F)
Hotel Bonsai (F)
Hotel Cabanas (F)
Hotel Piramiúna (F)
Hotel Pousada Águas de Bonito (F)
Leo Persi Consultoria em Ecoturismo (F)
Pousada do Peralta (F)
Pousada Olho d'Água (F)
Recanto Ecológico Rio da Prata (F)
Secretaria Municipal de Turismo, Indústria e Comércio de Bonito (F)
South Wild | Jaguar Research Center (F)

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sábado, novembro 06, 2010

A Vida Imita a Arte

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Mãe de besourinho-de-bico-vermelho alimenta
os filhotes em seu ninho dentro da loja!

Foto: © Daniel De Granville, 2010



Há alguns meses a Tietta escreveu, em um dos seus contos de passarinho, sobre um beija-flor que decide fazer o ninho perto da lâmpada da cozinha na casa do personagem principal de sua história. Esta semana, a ficção se transformou em fato.

Um dos clientes para o qual fornecemos nossos cartões postais é a lojinha da Casa do João, famoso restaurante de um amigo aqui de Bonito. Uns dias atrás, quando passamos para fazer a reposição rotineira de estoque, a Rita (responsável pelas vendas) nos falou que uma beija-flor estava no ninho, com dois filhotes, no teto da loja. E mais: era a terceira vez que procriava lá! Logo comecei a planejar como faria para fotografar a cena inusitada, já me informei de que mamãe beija-flor e seus filhotes não davam a mínima para os clientes curiosos que iam à loja fazer compras e não resistiam a vontade de tirar umas fotos. Fiquei de voltar “um dia desses”, quando conseguisse me programar.

Os dois filhotes no aconchego do lar
Foto: © Daniel De Granville, 2010


Ontem a Rita me ligou desesperada: “Daniel, acho bom você vir hoje mesmo, pois acho que os filhotes estão quase voando e indo embora”. Meio desconfiado, já que os bichinhos da semana anterior nem pena tinham, decidi conferir. E não é que ela estava certa?! Ambos já estavam emplumados e ficando cada vez mais parecidos com a mãe. Arrumamos uma escada para eu subir e ficar de longe fotografando. Mas, apesar de todo o conforto de estar sob um teto, logo descobri que não seria uma foto fácil. Primeiro, porque a mãe vinha apenas a cada 20 ou 30 minutos, alimentava rapidamente os filhotes por alguns segundos e depois saía novamente. Segundo, pelo fato da loja ser relativamente pequena, então a escolha da lente e da posição ideais tinha de ser criteriosa. Terceiro, pelo ninho estar muito perto do forro branco, que eu não queria incluir nas fotos. Mas algumas das imagens saíram quase como eu imaginava, nas duas visitas que fiz ao local.

Ensaiando o primeiro voo.
Foto: © Daniel De Granville, 2010

O mais legal foi o privilégio de poder ver os dois filhotes treinarem os seus primeiros voos, prontos para abandonar o lar (um ontem e o outro hoje). Esta manhã, quando cheguei e vi apenas um deles no ninho, logo imaginei o que tinha acontecido: o filhote que parecia maior e mais forte já havia se aventurado pelo jardim e sua mãe ainda o alimentava, o que deve continuar até que ele seja capaz de se virar sozinho. O outro, mais fraquinho, aproveitou que agora era “filho único”, se encheu de energia e arriscou seguir o caminho do irmão. Até a hora que fui embora, ele ainda não havia criado coragem de voar, mas por várias vezes bateu as asas num preparativo para decolar. Amanhã vou saber o que aconteceu.


Onde está o ninho?
(passe o mouse sobre a imagem e descubra)
Foto: © Daniel De Granville, 2010


(Se ficou curioso para ler o conto da Tietta, acho que vai ter de esperar o livro dela ser publicado :-)

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sexta-feira, outubro 29, 2010

Photo in Natura Made in China!

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Sucuri mostra a cara para o fotógrafo
Foto: © Shaowen Lin, 2010



Depois das fotos publicadas no Japão em setembro último, aqui estamos novamente às voltas com o continente asiático. A história das sucuris já rendeu ao menos uma publicação, escrita por Shaowen Lin, um dos integrantes da equipe com quem trabalhei na expedição pelo Brasil em agosto.



Página de abertura da matéria sobre a
aventura com as sucuris na Outside China
(clique na imagem para ampliar)

A matéria saiu na edição de outubro de 2010 da revista Outside, versão chinesa. A Outside Magazine é originalmente uma publicação dos Estados Unidos, considerada uma das mais importantes revistas sobre estilo de vida ao ar livre do país. Porém, o mais curioso é que a edição chinesa tem tiragem maior do que a estadunidense!

Página da matéria com grande destaque
para Bonito e a Photo in Natura.
(clique na imagem para ampliar)

É o objetivo do trabalho da Photo in Natura – fomentar e divulgar o interesse em conhecer e conservar nossa natureza, sempre com respeito ao meio ambiente – sendo cumprido em mais uma parte do planeta.


(Caso ainda não tenha assistido, veja o vídeo desta aventura!)

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terça-feira, outubro 26, 2010

México

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Sítio arqueológico de Teotihuacan.
Foto: © Daniel De Granville, 2010

Sempre vou preferir uma expedição a ambientes naturais do que qualquer outro tipo de viagem. Mas, claro, quando estamos a trabalho, não é o caso de ficar escolhendo destino. Além do mais, conhecer as maravilhas dos povos pré-colombianos do México soava muito bom.

Sítio arqueológico de Mitla, Oaxaca.
Foto: © Daniel De Granville, 2010


Foi assim que acabei indo passar 10 dias no país guiando um grupo de estudantes secundaristas de São Paulo. Vistamos as regiões da Cidade do México, Puebla e Oaxaca, conhecendo sítios arqueológicos famosos como Teotihuacán, Monte Albán e Mitla, além de belas paisagens dominadas por cactos e vulcões.


Vulcão com neve no Pico de Orizaba (ou Citlaltépetl),
a montanha mais alta do México, com 5.636 metros.
Foto: © Daniel De Granville, 2010

Não era uma viagem com objetivo de fotografar, mas mesmo assim consegui produzir alguma coisa. Confira algumas das fotos aqui no blog, e uma galeria completa com as minhas 16 preferidas estão neste link do Facebook (link público, disponível mesmo para quem não participa desta rede social). Bom proveito : -)

Mandando ver num taco de chapulines com guacamole -
ou, traduzindo, gafanhotos tostados com creme de abacate.
Foto: © Daniel De Granville, 2010
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domingo, outubro 03, 2010

Expedição 2010, Parte 4:
Botos na Amazônia

VEJA AS OUTRAS PARTES DESTA HISTÓRIA
1 | 2 | 3

Um par de botos-cor-de-rosa nas águas turvas do Rio Negro.
Foto: © Daniel De Granville, 2010

Nossa viagem chegava à última etapa, teoricamente a mais fácil, pois – ao contrário dos destinos anteriores – tínhamos a certeza de que os animais estariam lá. Procurar aleatoriamente botos-cor-de-rosa nos rios amazônicos, mais ou menos como havíamos feito com as sucuris e arraias, é uma opção improdutiva e inviável. A imensidão dos corpos d’água, associada à turbidez natural (a visibilidade raramente passa de dois metros), tornam a tarefa praticamente impossível, a não ser que se organize uma expedição com muito tempo disponível, orçamento generoso e equipes grandes de trabalho, o que não era o nosso caso. Assim, optamos por um dos locais onde os botos habituaram-se gradualmente a aproximar-se de humanos, sendo atraídos com peixes*, e sua presença era praticamente garantida.

Boto mergulha sob os raios de sol em uma lagoa amazônica.
Foto: © Daniel De Granville, 2010

Até aí tudo bem, mas em que condições? Apesar de termos escolhido a dedo o local onde iríamos passar os próximos dias fotografando, com base em conversas com vários profissionais e levantamentos minuciosos que fiz previamente, nunca dá para prever todas as situações e adversidades. Alguns dos mais experientes fotógrafos de natureza com quem trabalhei adotam o seguinte lema (meio pessimista, mas realista): “hope for the best but expect the worst” (“desejando o melhor, mas esperando o pior”). Pode ficar nublado, pode chover, a água pode ficar suja, os bichos podem decidir não aparecer, o equipamento pode pifar, pode chegar uma leva de turistas para passar o dia todo no local, etc, etc... Se tudo desse certo, os quatro dias programados seriam mais do que o suficiente para fazer um bom trabalho. Mas, como reza a famosa Lei de Murphy: "Se alguma coisa pode dar errado, dará." :-)

O fotógrafo tem que ser rápido, pois com a água escura
os botos chegam de surpresa e o momento certo dura pouquíssimo...
Foto: © Daniel De Granville, 2010

Felizmente, só os prognósticos favoráveis se confirmaram, e assim passamos nossos próximos dias: no meio da Amazônia, mergulhando em águas turvas e quentes o suficiente para dispensar grande parte da parafernália necessária nos demais destinos que visitamos, como roupas de neoprene, cintos de lastro, cilindros de mergulho, etc. Não, a tarefa não foi tão fácil: a pouca visibilidade e a própria movimentação dos botos levantando sedimentos que turvavam mais ainda a água complicavam o trabalho. Mas, como você pode ver pelas fotos, conseguimos boas imagens. A viagem chegava ao fim, 21 dias depois do início em Bonito, e as demonstrações de satisfação de todos na equipe me deixavam com a certeza de que a missão fora cumprida. Hora de voltar para casa e começar a planejar a próxima viagem...

Os botos tornaram-se atrativo turístico
e fonte de renda para a comunidade.

Foto: © Daniel De Granville, 2010


*A questão de atrair animais silvestres com alimentos é sempre polêmica, mas neste caso alguns detalhes ajudam a entender melhor o contexto. Estes grupos de botos aproximam-se de barcos de pesca interessados nos peixes – que são parte de sua dieta natural – ou por simples curiosidade. Algumas pessoas das comunidades locais vislumbraram aí uma oportunidade e começaram a atraí-los até locais determinados, onde montaram estruturas para receber turistas interessados em observar e interagir com os animais. Hoje contam com o apoio de pesquisadores que orientam como a atividade de alimentação e interação deve ser feita visando o mínimo impacto – ou seja, sem torná-los dependentes exclusivamente deste alimento, sem alterar demasiadamente seu comportamento e garantindo que os turistas entendam e absorvam estes conceitos. Pode não ser o ideal, mas em uma região que ainda luta para se desenvolver, onde as opções de renda são limitadas e onde os botos sofrem muitas ameaças graves – como a caça para uso como isca ou remoção de partes de seus corpos para produção de amuletos e remédios populares -, esta forma de exploração turística se revela uma alternativa válida de sustento.


Rio, floresta e botos:
uma imagem que conta um pouco da história do lugar.

Foto: © Daniel De Granville, 2010
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terça-feira, setembro 28, 2010

Novos Postais

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Foto e Arte: © Daniel De Granville, 2006-2010

Acabaram de chegar dois novos postais de nossa coleção exclusiva, que agora conta com 20 modelos impressos em papel especial de alta qualidade. Desta vez, retratamos duas cenas que são ícones de Bonito: a Gruta do Lago Azul e o Monumento às Piraputangas, na Praça da Liberdade.

Entre em contato e adquira já os seus!

Foto e Arte: © Daniel De Granville, 2008-2010
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sexta-feira, setembro 17, 2010

Expedição 2010, Parte 3: Pantanal

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VEJA AS PARTES 1 e 2 DESTA HISTÓRIA
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Sorria, você está sendo fotografada!
Foto: © Daniel De Granville, 2010

“O que tem de tão especial no Pantanal?”. A pergunta, feita no momento em que a equipe está decidindo se muda ou não o roteiro original, pede resposta fácil, mas não necessariamente curta. Então, prefiro oferecer uma apresentação resumida da palestra que carrego em meu laptop. Ao mesmo tempo, dou minha resposta parcial, dizendo que a abundância e profusão de vida selvagem no Pantanal – em especial nesta época do ano – é algo fascinante e indescritível para quem se interessa por animais. Explico que, ao passarmos pelo portal de entrada da Transpantaneira, a paisagem se transforma e a bicharada dá um show diante de nossos olhos.


Enquanto um jacaré parece estar cheio de fome...
... o outro
carrega seu banquete, um cascudo recém capturado.
Fotos: © Daniel De Granville, 2010



Franco aproveita e faz uma piada: “ah, então quer dizer que de um lado está tudo calmo, mas de repente, a partir deste ponto que você falou, os bichos decidem que querem se mostrar para nós e começam a desfilar para as câmeras?!”. Eu respondo: “e-xa-ta-men-te”. Ele ri.

Partimos de Nobres pela manhã, parada para almoço em Cuiabá, siesta na van rumo a Poconé e finalmente a Transpantaneira. Quase todos dormem, já cansados após termos entrado na segunda metade da nossa viagem de ritmo intenso. Eu, ao lado do Ismael (nosso motorista), fico de olhos abertos procurando bichos. Peço para Ismael fazer uma parada estratégica no portal. “Aqui começa o Pantanal”, diz a placa. Todos despertam, descem para tirar fotos, e eu oriento para deixarem as câmeras preparadas.


(E) Anta é seguida por uma nuvem de insetos enquanto atravessa o rio.
(D) ... Diversidade Pantaneira: cervo-do-Pantanal, capivara e maria-cavaleira
compartilham uma das poucas poças remanescentes.
Fotos: © Daniel De Granville, 2010


Logo nos quilômetros iniciais de Transpantaneira, de longe vemos a primeira ponte com um resto de água, coalhada de jacarés empilhados. No meio deles, as aves aquáticas fazem um banquete com os peixes que ficaram presos e estão morrendo por falta de oxigênio. Viro para trás na van e vejo os olhares incrédulos de todos, fascinados com tanta concentração de bichos em um só ponto. Olho para Franco. Ele não diz nada, mas basta seu sorriso surpreso, que parece dizer “é, Daniel, você estava certo quando fiz aquela piada sobre o desfile dos bichos”... Pela primeira vez na expedição, eu não estava apreensivo ou tenso de preocupação com as possibilidades de encontrar animais para eles fotografarem. O espetáculo que vimos nos dois dias que seguiram está resumido nas fotos desta postagem.

Semana que vem, a Parte 4 (e última) de nossa aventura:
Botos na Amazônia.



Em sentido horário, a partir do alto: (1) Campo alagável salpicado de aves aquáticas em busca dos peixes; (2) Ninho de tuiuiu; (3) Uma vaca é carneada sem cerimônia no barranco do rio; (4) Uma das últimas piúvas ainda em flor.
Fotos: © Daniel De Granville, 2010
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quinta-feira, setembro 09, 2010

Expedição 2010, Parte 2: Arraias

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VEJA A PARTE 1 DESTA HISTÓRIA
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Mais uma missão cumprida: eis a arraia de água doce!
Foto: © Daniel De Granville, 2010

Dez dias e 57 metros de sucuri depois, já com a sensação de dever cumprido, era hora de partirmos de Bonito em busca do segundo objetivo da nossa viagem: as arraias de água doce. Após minhas pesquisas de pré-produção, o destino escolhido foi a região de Nobres, no Cerrado de Mato Grosso. Ainda que já tivéssemos encontrado algumas arraias em Bonito, as condições de visibilidade nessa outra região eram mais promissoras, já que – segundo informações – elas ocorriam em áreas mais próximas às nascentes, onde a água costuma ter menos sedimentos, o que favorece a fotografia.

Ao chegarmos em Cuiabá, nossa equipe de apoio local – Hélio e Jadilson – já estava a postos. Seguimos para a região de Bom Jardim, distrito de Nobres, onde deveríamos ficar pelos próximos 4 dias, antes de embarcar para a Amazônia à procura dos botos-cor-de-rosa. Nos instalamos, fizemos a tradicional reunião de logística e, para o dia seguinte, decidimos explorar um rio onde as chances de encontrar arraias eram boas.

O equipado Shaowen, antes do primeiro encontro com as arraias, tenta se desvencilhar de um tronco caído, enquanto
os peixinhos se divertem com a cena.

Foto: © Daniel De Granville, 2010


Manhã seguinte, após os preparativos detalhados de toda a tralha necessária – máscaras, reguladores, nadadeiras, cilindros, cintos de lastro, roupas de neoprene, lanches, bebidas, câmeras, lentes, baterias, veículo, etc, etc, etc – partimos para nossa nova aventura. A primeira hora, pelo menos para mim, foi de apreensão, já que não vimos uma arraia sequer no rio, e eu notava um certo olhar de frustração no restante da turma. Foi quando nosso guia Jadilson sugeriu: “Vamos continuar descendo o trecho não explorado pelos turistas que visitam aqui, pois as arraias são meio tímidas e podem estar concentradas rio abaixo. Mas será uma descida mais difícil, com galhos e árvores caídos acima e abaixo da superfície”. Dito e feito: foi realmente uma descida mais complicada, com a parafernália toda enroscando na vegetação, mas a recompensa veio logo: já nos primeiros 100 metros deste novo percurso as arraias começaram a dar as caras. E depois da primeira veio outra, e outra, e outra, totalizando oito arraias de tamanhos variados para saciar a vontade de nossos fotógrafos.

Jiří fotografa uma das oito arraias que encontramos
no mesmo trecho do rio.

Foto: © Daniel De Granville, 2010


O sucesso repentino foi tanto que, terminado o primeiro dia, a equipe considerou que já tinha fotografado arraia de tudo quanto era jeito possível. Assim, surgiu a ideia de uma mudança nos planos. Eles me perguntaram o que eu sugeriria, e eu – eterno apaixonado pelo Pantanal – recomendei uma expedição pantaneira de dois dias. Ainda que não tivesse nada para fotografar debaixo d'água lá, eles toparam... Na próxima postagem a história continua!

Uma pausa nos mergulhos para observar o voo das araras
antes da nossa despedida de Nobres.
Foto: © Daniel De Granville, 2010
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sábado, setembro 04, 2010

Vídeo: Mergulho com Sucuris

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.Debaixo d'água, cara a cara
com a pacata sucuri
Foto: © Daniel De Granville, 2010


Estou de volta após as aventuras com os fotógrafos Franco Banfi, Jiří Řezníček & Cia pelo Cerrado, Pantanal e Amazônia. Nas próximas postagens, irei contar como foram as demais etapas da viagem após nossa saída de Bonito, mas já adianto que o sucesso foi absoluto. Com as sucuris, por exemplo, fechamos as contas em 57 metros (na última postagem estávamos em 42)!

Para hoje, convido-os a assistirem o vídeo da equipe mergulhando com elas. Mais novidades ao longo deste mês.

terça-feira, agosto 17, 2010

42 Metros de Sucuri

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Franco Banfi, dentro da água, fotografa de perto a segunda sucuri
que encontramos em nosso caminho até agora.
Foto: © Daniel De Granville, 2010


Pelas próximas semanas estou trabalhando com o suíço Franco Banfi e o tcheco Jiří Řezníček, renomados fotógrafos especializados em imagens subaquáticas que vieram ao Brasil com a meta de fotografar sucuris, arraias de água doce e botos-cor-de-rosa. Para isto, durante 21 dias vamos explorar rios no Cerrado, nas bordas do Pantanal e na Amazônia. Além deles, nos acompanham Shaowen e Jana, também entusiastas da fotografia e apreciadores de aventuras na natureza.

***

Eram quase oito da manhã quando saí de casa com um objetivo pouco comum: encontrar sucuris se aquecendo na beira do rio. Após uma sequência de noites muito frias, o termômetro lá fora marcava 12 graus como temperatura mínima da madrugada anterior, e o sol brilhando forte, ainda próximo ao horizonte, prometia um dia mais quente. Perfeito para minha missão.

A primeira etapa da nossa expedição começou aqui em Bonito, sempre com a presença imprescindível do Juca Ygarapé e nosso fiel escudeiro Dudu. Se o desafio de encontrar as serpentes deixava eu e Juca tensos nas semanas anteriores à chegada dos nossos clientes, com a possibilidade de não conseguir cumprir com as expectativas da equipe, o dia inicial de campo serviu para nos fascinar e tranquilizar. Afinal, já nas primeiras horas de nossa aventura – que incluíram descer cachoeiras com um barco lotado de equipamentos pesadíssimos e caríssimos, passar por baixo de troncos caídos, caminhar pelo capim-navalha e aturar os borrachudos que insistem em quebrar o clima bucólico do ambiente – encontramos duas enormes sucuris-amarelas em condições perfeitas para o nosso trabalho.


A casa da sucuri...
Foto: © Daniel De Granville, 2010

Mais aliviados com a sensação de dever cumprido (ainda que nossos exigentes fotógrafos não considerem ter conseguido a foto ideal, o que nos levará amanhã ao mesmo lugar), prosseguimos com as atividades e os encontros com estas serpentes foram se sucedendo. A tal ponto que, após a sexta sucuri avistada, passamos a computar nosso sucesso em metragem total de sucuris (42 metros, até o momento).


... e a dona da casa!
Foto: © Daniel De Granville, 2010


Vale lembrar que, devido à dificuldade de avistagem que normalmente estes animais representam e pelo fato de ser o objetivo mais importante da viagem, 70% do nosso tempo em Bonito havia sido reservado para buscá-las. Como tivemos uma taxa muito grande de sucesso já nos primeiros dias, resolvemos investir no segundo bicho de nossa lista, as arraias de água doce. Aqui, novamente, sucesso e meta (quase) atingida, afinal encontramos vários destes peixes posando para Franco, Jiří e companhia no fundo do rio.

Franco se diverte com uma arraia rodeada de peixinhos...
Foto: © Daniel De Granville, 2010

Em resumo, estamos no dia 9 da expedição e já encontramos dois dos três animais principais procurados por nossos clientes, o que significa mais tempo para conseguir fotos ainda melhores e explorarmos outras belezas naturais que estas regiões oferecem, como jacarés, araras, montanhas, grutas e rios cristalinos repletos de peixes. Daqui a alguns dias é hora de partir para o Mato Grosso e, finalmente, para a Amazônia. Aguarde as novidades!

Além de sucuris, arraias e jacarés, o programa inclui
relaxantes mergulhos em rios cristalinos repletos de vida.
Foto: © Daniel De Granville, 2010
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sexta-feira, agosto 06, 2010

Photo in Natura Made in Japan!

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.Chamada para a matéria sobre o Brasil no site da Sotokoto
Foto: autoria não informada (ou talvez esteja no texto...)


Acaba de sair a edição n° 135 (Setembro 2010) da Sotokoto, revista japonesa de variedades e estilo de vida ao ar livre. O destaque da edição é “Brasil, Paraíso da Biodiversidade” e a capa traz a foto de um casal de araras-azuis. O Pantanal e Bonito ganharam 10 páginas! Delas, duas trazem 17 fotografias e uma entrevista sobre minha vida como fotógrafo e guia no Pantanal.

Capa da Edição n° 135 da Sotokoto


Espero que a publicação ajude a nos trazer mais visitantes deste país tão distante que é um dos líderes mundiais em número de observadores de aves, e cujos turistas sempre demonstram fascínio e empolgação com nossas belezas naturais.

A entrevista merece um capítulo à parte: o amigo Hiroya Hatori, excelente guia de turismo aqui de MS, havia me falado sobre um fotógrafo japonês - Uruma Takezawa - que viria ao Brasil e queria me conhecer, talvez negociar umas fotos para uma matéria. O tempo passou, estava em viagem quando Hiroya me escreveu marcando data para o encontro.

(clique na foto para ampliar)


Era um final de tarde agradável no começo de julho quando os dois chegaram em minha casa, e só então entendi que a visita incluiria uma entrevista. Eu, cheio de coisas no computador para fazer (mas sem a mínima vontade), adorei poder deixar o escritório de lado por algum tempo – e sem peso na consciência, afinal estaria falando de trabalho. O papo fluiu por quase duas horas, enquanto a noite caía e Uruma apreciava o suco de maracujá preparado com polpa dos frutos de nosso quintal. O resultado você confere nas páginas reproduzidas aqui nesta postagem (caso consiga ler em japonês, claro!).

(clique na foto para ampliar)
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terça-feira, agosto 03, 2010

TecnoReciclagem de Volta!

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(Depois de um período de "bloqueio criativo" do TecnoReciclagem, segue a postagem de hoje nesse que é o meu segundo blog)
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Coma a pizza e depois vá mergulhar
para fotografar e queimar as calorias!
Ilustração: © Divulgação, BJ's Restaurant


Comer pizza pode ajudar você a tirar melhores fotos subaquáticas. Num primeiro momento, a afirmação pode parecer no mínimo esdrúxula, mas no mundo da TecnoReciclagem ela faz todo o sentido! Afinal, quem já participou de alguma das Oficinas sabe, por exemplo, que comer queijo fatiado em bandeja de isopor pode ajudar a tirar melhores fotos macro. Então vamos à história de hoje.


Tudo começa aqui, na verdadeira
"Caixa de Primeiros Socorros" :-)
Foto © Daniel De Granville, 2010


CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO

Eu fotografo muito pouco debaixo d’água, e quando faço é nos rios aqui de Bonito, onde mergulho a profundidades de no máximo 3 ou 4 metros. Por isto nunca cogitei investir muito em um equipamento para este tipo de fotografia, priorizando aquilo que mais preciso no meu dia-a-dia. As caixas-estanque rígidas dedicadas, por exemplo, são extremamente caras. Além disso, assim que o fabricante muda o modelo da câmera (o que acontece cada vez com mais frequência), este acessório torna-se praticamente inutilizável.

Jacaré-coroa fotografado debaixo d'água em Bonito, MS
Foto: © Daniel De Granville, 2008


Assim, após pesquisar bastante, optei por comprar uma bolsa estanque da conceituada marca alemã Ewa-Marine, que foi trazida para mim dos EUA por um fotógrafo com quem trabalhei em 2008. Com ela já fiz algumas imagens subaquáticas aqui em Bonito, na Amazônia e em Fernando de Noronha, mas constantemente tinha dificuldades em operar alguns dos controles da câmera, o que prejudicava bastante a agilidade necessária na fotografia de natureza.

Bolsa-estanque U-AXP100 da Ewa-Marine
Foto: © Divulgação, ewa-marine GmbH



CAPÍTULO 2: O PROBLEMA

Esta bolsa-estanque da Ewa-Marine é um produto lançado ainda na época das câmeras de filme, cujos controles e botões eram diferentes das atuais digitais. Dentre eles, nas Canon que uso hoje, sempre tive problemas com um comando em especial: trata-se do disco giratório traseiro que permite acesso rápido a várias funções da câmera, além de ser usado na compensação de fotometria e outros recursos. Como a bolsa-estanque é composta de um plástico grosso, e estando com as mãos molhadas, girar o tal disco era sempre complicado para mim. Era!

Câmera Canon EOS 7D (no destaque, o tal disco problemático)
Foto: © Divulgação, Canon Inc.



CAPÍTULO 3: A SOLUÇÃO

Eu já havia tentado resolver o problema colando uma rodela de borracha recortada de uma câmera de ar velha de bicicleta (quem já fez a Oficina TecnoReciclagem vai se lembrar: este é um dos itens mais importantes na caixa de ferramentas de um verdadeiro “tecnoreciclador"!). Porém, os resultados – ainda que razoáveis – não me satisfizeram.

Mas ontem, ao preparar meu equipamento para um trabalho de fotografia subaquática que começo a semana que vem (mais informações em breve), decidi dar uma fuçada na minha “caixinha de primeiros socorros” e encontrei exatamente o que eu precisava! Por algum motivo, eu tinha guardado há anos um desses suportes de plástico que vem nas embalagens de pizza quando você pede por telefone, usados para evitar que a tampa grude no queijo da cobertura. Parece a miniatura de um desses banquinhos de três pernas. Perfeito!

Suporte plástico para tampa de pizza
Foto: © Geoff Lane, Wikimedia Commons


Bastou eu cortar as pernas do suporte na medida ideal que eu queria, dar uma lixada nas pontas restantes para arredondá-las, evitando o risco de furarem o plástico da bolsa, colar no disco da câmera com fita dupla-face e pronto. Agora eu tenho muito mais facilidade de acessar este controle da câmera quando estiver trabalhando debaixo d’água. O melhor de tudo? Além de ser do tamanho ideal, este modelo de suporte que eu tinha em casa vem com um furo no miolo, o que me permite acessar o botão SET da câmera que fica no meio do disco!

De cima pra baixo: (1) Cortando as pernas do suporte plástico no tamanho adequado; (2) Lixando as rebarbas; (3) Colando com fita dupla-face; (4) Resultado final, já dentro da bolsa-estanque. Fotos: © Daniel De Granville, 2010



CAPÍTULO 4: BÔNUS

De quebra, aproveito para postar a solução de outro problema que identifiquei com este equipamento. Uma questão bem mais simples de resolver. Como vamos ter que descer corredeiras com um bote para chegar no local das fotos, fiquei preocupado com o risco de que eventualmente o vidro frontal da caixa-estanque pudesse se quebrar em algum impacto. Como protegê-lo? Fácil! Basta achar alguma embalagem de desinfetante que ia para o lixo e que tenha a medida certa (no meu caso, um diâmetro interno na faixa de 11 centímetros), cortar o fundo na altura adequada, lavar bem para tirar os resíduos, e você acaba de fabricar um sensacional protetor de lente!

... e o desinfetante nem precisa ser das melhores marcas...
Foto: © Divulgação, Grupo Panter


Seus problemas acabaram!
Foto: © Daniel De Granville, 2010


Moral da história (e um dos lemas da TecnoReciclagem):
“Quem guarda, tem!” :-)


Agora vai ser menos difícil fazer fotos como esta...
Foto: © Daniel De Granville, 2008

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