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Alguns dias atrás, amigos guias aqui em Bonito começaram a me falar sobre uma ariranha que havia aparecido em um dos rios onde acontecem passeios de flutuação, como são chamadas as descidas ao sabor da correnteza em águas cristalinas observando os animais. Aquilo logo acendeu um brilho nos meus olhos: a oportunidade de mergulhar e fotografar uma ariranha em águas tão transparentes é coisa muito rara!
E assim me programei para passar o final de semana tentando as fotos. Fiquei um total de 10 horas, entre sábado e domingo, na água buscando o bicho. Ainda não consegui as fotos que imaginei, o que me obrigará a voltar para lá em breve em busca de mais e melhores imagens. Que sacrifício...
O sábado (junto com o colega biólogo Samuel) foi um sucesso; o domingo foi uma decepção – ela simplesmente não deu as caras, o que me deixou feliz. Primeiro, por sentir que esta ariranha está percorrendo outras áreas da região, desempenhando sua função no ambiente natural ao invés de ficar “mal acostumada” em um rio onde a coisa mais fácil do mundo – ao menos para ela – é pegar um peixe.
Por último, o mais importante de tudo: após a sessão de fotos do sábado, eu comentava o quanto esta atividade ecoturística é importante para a desmistificação dos bichos “malvados e perigosos”, da natureza “sempre pronta a nos devorar”. Em rios na região do Cerrado de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, turistas mergulham com bichos como ariranhas, sucuris, jacarés e arraias, todos alvo de temores por seu suposto perigo e agressividade letais. Mas na vida real, o que estes animais têm feito é apenas fascinar nossos olhos e ajudar a conscientizar as pessoas sobre a importância de se conservar os ambientes naturais. E isto não é pouco. Portanto, além dos proprietários que me autorizaram fazer as fotos e todo o apoio do Samuel, agradeço à ariranha que posou para minhas fotos e fez a alegria de tanta gente nos últimos dias : -)
Essa corimba, a ariranha devorou igual
se estivesse comendo batata frita.
Foto: © Daniel De Granville, 2011
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(ATUALIZAÇÃO DE 25 DE FEVEREIRO DE 2011: APÓS MAIS PESQUISAS EM BANCOS DE IMAGENS E CONVERSAS COM VÁRIOS FOTÓGRAFOS, ESTÁ PRATICAMENTE COMPROVADO QUE FOTOGRAFIAS SUBAQUÁTICAS DE ARIRANHA EM ÁGUAS LIMPAS SÃO INÉDITAS!)
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se estivesse comendo batata frita.
Foto: © Daniel De Granville, 2011
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(ATUALIZAÇÃO DE 25 DE FEVEREIRO DE 2011: APÓS MAIS PESQUISAS EM BANCOS DE IMAGENS E CONVERSAS COM VÁRIOS FOTÓGRAFOS, ESTÁ PRATICAMENTE COMPROVADO QUE FOTOGRAFIAS SUBAQUÁTICAS DE ARIRANHA EM ÁGUAS LIMPAS SÃO INÉDITAS!)
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