quinta-feira, junho 28, 2007

O pássaro madrugador

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.Foz do Iguaçu (Brasil)
O céu carregado acrescentou dramaticidade à cena
Foto: © Daniel De Granville, 2007


"O pássaro madrugador pega a minhoca”, diz o ditado original em inglês, que no português tem o equivalente “Deus ajuda quem cedo madruga”.

Um dos fundamentos para quem faz fotografia de animais silvestres ou paisagens é sempre acordar e começar a trabalhar em campo muito cedo. Primeiro, porque a melhor iluminação natural para estes tipos de fotografia acontece quando o sol está bem próximo do horizonte, emitindo uma luz inclinada e suave que ilumina o objeto de maneira uniforme, sem sombras ou contrastes muito fortes. Em segundo lugar – e tão importante quanto – é o fato de que os animais estão mais ativos nestes horários, principalmente nas primeiras horas da manhã.

Mas, ao contrário do que os iniciantes costumam pensar, a experiência e as leituras sobre fotografia me ensinaram que em muitas ocasiões um dia com céu encoberto pode ser igual ou melhor do que um dia ensolarado para se fotografar natureza. Fotos dentro da mata fechada, em especial, ficam muito melhores quando feitas em um dia sem sol. A camada fina de nuvens funciona como um enorme difusor natural de luz, semelhante ao acessório utilizado em fotografia de estúdio para atenuar sombras. Desta forma, fica eliminado o problema da luz “dura” no meio do dia (lembrando que em menores latitudes, conforme comentei em postagem recente, a luz “boa” do sol direto costuma durar muito pouco).

Com o tempo o nosso olhar fica condicionado a perceber quando a luminosidade natural está ideal. Assim como muito sol é ruim, muitas nuvens carregadas podem deixar o ambiente escuro demais e as cores sem vida. E se você estiver fotografando paisagens onde a linha do horizonte aparece, um céu cinzento não dá resultados satisfatórios. Aí o jeito é mesmo esperar pelo dia seguinte…


Igarapé na Amazônia, Pará
A nebulosidade deixou a luz suave e uniforme
Foto:© Daniel De Granville, 2007
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domingo, junho 17, 2007

Lar Doce Lar

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.Serra do Japi
Foto: © Daniel De Granville, 2007



Desde cerca de um mês atrás nós saímos da região do Pantanal e Bonito (Mato Grosso do Sul), onde vivi e fotografei por quase 13 anos, para uma nova etapa morando ao lado da Mata Atlântica, no Estado de São Paulo.

Estamos na Serra do Japi, um importante remanescente de Mata Atlântica 40 km ao norte da cidade de São Paulo, protegido por diversos mecanismos legais e pela consciência ambiental de muitos de seus moradores. A lista de aves da região contabiliza cerca de 235 espécies, das quais já vimos mais de 50 sem nem sair de casa!

Em breve, novos projetos de trabalho – um novo ambiente, novas paisagens e espécies da fauna e da flora esperando para serem observadas e fotografadas!


Lar, doce lar!
Foto:© Daniel De Granville, 2007
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terça-feira, junho 05, 2007

Domingo no Parque

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. "Eu odeio esses paparazzi!"
Foto: © Daniel De Granville, 2007



Após alguns meses sem atualização, finalmente vai ao ar a nova Galeria do Mês do Fotograma, com uma seleção das melhores fotos de animais em cativeiro feitas por mim no Tierpark Hellabrunn (Zôo de Munique), no Refúgio Bela Vista e Parque das Aves (Foz do Iguaçu) e no Zoológico de São Paulo (estas últimas realizadas durante atividade prática do curso sobre fotografia de aves que ministrei no Avistar 2007).

Confira as fotos!

Apesar de não ter quase nada do glamour e dos saudáveis desafios oferecidos pela fotografia da vida selvagem em ambientes naturais, fotografar em zoológicos pode ser uma experiência bem interessante e divertida. O fato dos animais estarem totalmente habituados à presença humana e em locais urbanos de rápido acesso torna o trabalho do fotógrafo muito mais fácil sob vários aspectos. Além disto, a presença de espécies de todos os continentes em uma só área oferece oportunidade quase inexistente para a maioria dos fotógrafos de natureza, de registrar bichos cujo local de origem fica a muitos quilômetros, dias e dólares de distância.

As dificuldades ficam por conta de conseguir compor uma cena interessante de um animal dentro de um recinto artificial e ao mesmo eliminar da foto objetos que denotem o local onde eles estão, como grades, vidros, madeiras serradas, gramados aparados, paredes e pisos de concreto. O movimento intenso de público também exige do fotógrafo acostumado à tranqüilidade da mata uma boa dose de criatividade e paciência.

Independente dos resultados finais, mesmo que se consiga uma imagem com cenário muito próximo do ambiente natural, é eticamente recomendável indicar na legenda da foto (ou mencionar aos interessados em saber detalhes) que se trata de imagem produzida em cativeiro.
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