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.Foz do Iguaçu (Brasil)
O céu carregado acrescentou dramaticidade à cena
Foto: © Daniel De Granville, 2007
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.Foz do Iguaçu (Brasil)
O céu carregado acrescentou dramaticidade à cena
Foto: © Daniel De Granville, 2007
"O pássaro madrugador pega a minhoca”, diz o ditado original em inglês, que no português tem o equivalente “Deus ajuda quem cedo madruga”.
Um dos fundamentos para quem faz fotografia de animais silvestres ou paisagens é sempre acordar e começar a trabalhar em campo muito cedo. Primeiro, porque a melhor iluminação natural para estes tipos de fotografia acontece quando o sol está bem próximo do horizonte, emitindo uma luz inclinada e suave que ilumina o objeto de maneira uniforme, sem sombras ou contrastes muito fortes. Em segundo lugar – e tão importante quanto – é o fato de que os animais estão mais ativos nestes horários, principalmente nas primeiras horas da manhã.
Mas, ao contrário do que os iniciantes costumam pensar, a experiência e as leituras sobre fotografia me ensinaram que em muitas ocasiões um dia com céu encoberto pode ser igual ou melhor do que um dia ensolarado para se fotografar natureza. Fotos dentro da mata fechada, em especial, ficam muito melhores quando feitas em um dia sem sol. A camada fina de nuvens funciona como um enorme difusor natural de luz, semelhante ao acessório utilizado em fotografia de estúdio para atenuar sombras. Desta forma, fica eliminado o problema da luz “dura” no meio do dia (lembrando que em menores latitudes, conforme comentei em postagem recente, a luz “boa” do sol direto costuma durar muito pouco).
Com o tempo o nosso olhar fica condicionado a perceber quando a luminosidade natural está ideal. Assim como muito sol é ruim, muitas nuvens carregadas podem deixar o ambiente escuro demais e as cores sem vida. E se você estiver fotografando paisagens onde a linha do horizonte aparece, um céu cinzento não dá resultados satisfatórios. Aí o jeito é mesmo esperar pelo dia seguinte…