ATUALIZAÇÃO DE 17.OUTUBRO.2007:
MATÉRIA NO JORNAL NACIONAL (REDE GLOBO)
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. Tuiuiú morre ao bater em fios elétricos na Estrada-Parque Pantanal (MS)
Foto: © Eik Sorgi, 2007
(USO PERMITIDO PELO AUTOR)
MATÉRIA NO JORNAL NACIONAL (REDE GLOBO)
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. Tuiuiú morre ao bater em fios elétricos na Estrada-Parque Pantanal (MS)
Foto: © Eik Sorgi, 2007
(USO PERMITIDO PELO AUTOR)
Há um ano postei aqui no FotogramaBlog um texto sobre a questão dos atropelamentos de fauna nas estradas do Pantanal. E há quase 10 anos a Revista Veja publicava reportagem com tema semelhante, acrescentando a mortalidade de aves por eletrocução nas redes elétricas que acompanham estradas pantaneiras.
Esta semana o assunto voltou às minhas lembranças, pois o colega Eik Sorgi, estudante de Biologia da Universidade Estadual de Londrina, enviou o incrível e chocante registro fotográfico de um tuiuiú no exato instante em que morria eletrocutado nos fios da Estrada-Parque do Pantanal (MS). "Estávamos maravilhados com a presença de vários tuiuiús forrageando bem a nossa frente, mas o que queria mesmo era fotografá-lo voando. Foi aí que avistei um tuiuiú ao fundo, fui o seguindo com a camera até que de repente ele encosta nos fios e, por sorte, apertei o botão de disparo. Foi uma cena muito triste e revoltante. Depois do ocorrido notamos que vários tuiuiús passam muito perto dos fios e com certeza muitos devem morrer assim", diz Eik.
Como em breve – 05 de outubro – comemoraremos o Dia da Ave, nunca é demais alertar sobre a questão. A lógica é simples: quando o Pantanal seca, as últimas áreas que ficam com água empoçada são as beiras das estradas, cujas pistas foram elevadas utilizando material retirado de suas laterais – as chamadas “caixas de empréstimo”, que ficam mais profundas em comparação com o terreno ao redor. As aves e outros animais concentram-se nestes lugares à procura de água e alimentos como peixes, caranguejos e caramujos aquáticos. Um espetáculo excelente para os turistas, que têm a oportunidade de ver grandes bandos de tuiuiús, cabeças-secas, colhereiros e outros bichos - mas ao mesmo tempo uma armadilha mortal para alguns deles. Quando não são atropelados por motoristas que desrespeitam limites de velocidade, podem estar condenados a morrer torrados na rede elétrica.
Na Rodovia Transpantaneira (MT), encontraram uma solução relativamente simples e barata para o problema: já que as aves morrem quando as pontas de suas asas tocam dois fios ao mesmo tempo, o jeito foi aumentar a distância entre eles. As cruzetas dos postes, que originalmente tinham três fios alinhados no topo (como uma letra “T”), foram movidas para que os dois fios das extremidades ficassem mais baixos com relação ao fio do meio, formando uma espécie de triângulo (veja nesta foto). A mortalidade de aves diminuiu bastante após estas modificações. Fica a dica para os responsáveis pela manutenção das redes elétricas nas estradas do Pantanal Sul-mato-grossense.
Olá
ResponderExcluirAcabei de voltar da região da Estrada Parque, e o que vi foi entristecedor. Do Buraco das Piranhas até Miranda, não tem 1 km que não tenha sido queimado. A estiagem prolongada deste ano contribuiu, mas até hoje não acredito em combustão Expontânea...
Como consequência, vi vários tamanduás, anta, jacarés, irara, carcará e até urubus mortos na estrada, atropelados enquanto fugiam do fogo ou da sede. Vi também um bando de macacos-prego bebendo água em um açude na beira da estrada, em meio a uma paisagem totalmente queimada.
Muito triste. Parece que o pensamento é o seguinte: já que o mundo vai acabar mesmo, vamos queimar tudo antes.