quarta-feira, janeiro 30, 2008

"Photo in Natura" ?!?

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Nossa nova logomarca a caminho!
Conceito e arte: © Daniel De Granville | Tietta Pivatto, 2008


Muitos de vocês que estão acostumados a visitar o Fotograma | Fotografia e Meio Ambiente têm me perguntado sobre essa história de "Photo in Natura". Então, aqui vai a explicação: meu site está sendo totalmente reformulado, ganhando novo layout, muitas fotos inéditas e diversos outros recursos online. Dentro deste novo processo de identificação visual, a marca Fotograma passará a se chamar Photo In Natura.

Enquanto isto, você continua convidado a visitar as versões originais do Fotograma e de seu blog equivalente, o FotogramaBlog, sempre com novidades. Seja bem vindo, e não se esqueça de nos adicionar a seus favoritos!

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quinta-feira, janeiro 24, 2008

Aranhas no Jardim (de novo!)

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.“Uma aranha incomoda muita gente...”
Foto: © Daniel De Granville, 2008


Há algumas semanas, postei aqui no FotogramaBlog a história de uma aranha-armadeira que decidiu dar uma volta pelo nosso jardim. Pois ontem à noite, uma "parente" sua (uma tarântula do gênero Lycosa) veio nos visitar – e desta vez com um monte de filhotes nas costas! É claro que a cena foi devidamente registrada pelas minhas lentes, mas apesar de poder ser agressiva, minha preocupação era mais com o risco dela deixar algum filhote cair pelo caminho do que em levar uma picada...

Agora, mudando de assunto, gostaria de recomendar um site no mínimo curioso para os amantes da fotografia e dos gatos: esta alemã instala coleiras com mini-câmeras automáticas nos seus gatos, que involuntariamente registram os passeios pela vizinhança. A idéia não é nova – as chamadas critter cams já são usadas há um certo tempo em produções da National Geographic e outras, mas em gato doméstico é a primeira vez que eu vejo...


"... 200 aranhas incomodam incomodam incomodam..."
Foto: © Daniel De Granville, 2008

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segunda-feira, janeiro 21, 2008

A Metade Verde do Brasil

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. Praia da Ponta do Icuxi, Rio Tapajós (PA)
Foto: © Daniel De Granville, 2008


“Conheça a Amazônia”. Muito provavelmente você já comprou algum produto nacional que tinha um selo com esta frase estampada. Aparentemente, a campanha para mais brasileiros visitarem a região não tem surtido muito efeito. Acabei de voltar da minha quarta viagem por lá, e posso dizer: é uma pena. Já fomos capazes de devastar 17% da área original da floresta (o mesmo que os estados de MG, RJ e ES somados), e está mais do que provado que a melhor forma de preservar é conhecer.

Segundo dados da Amazonastur (órgão oficial de turismo do Amazonas), em 2006 cerca de 150 mil brasileiros visitaram o estado, onde está a parcela mais preservada da Amazônia. No mesmo ano, a norte-americana Orlando – terra do Mickey Mouse – recebeu 200 mil turistas do Brasil, de acordo com a Travel Industry of America (TIA). Já quando consideramos os turistas de fora que vêm ao nosso país, a coisa muda de figura: dos 5 milhões de estrangeiros que visitam o Brasil anualmente, cerca de 1 milhão dão um pulo até esta floresta.


Uma das cerca de 1.800 espécies de borboletas
que estima-se existir na Amazônia
Foto: © Daniel De Granville, 2008


A exuberante Amazônia cobre 4,2 milhões de km2 do território brasileiro, metade do país, mas lá vivem apenas 13% da nossa população – ou 23,5 milhões de pessoas. Par efeitos de comparação, o estado de São Paulo é 17 vezes menor e abriga 40 milhões de habitantes.

Os números falam por si, mas somente uma experiência pessoal é capaz de nos dar uma noção mais real sobre as dimensões da Amazônia. Navegar durante horas (ou dias) por rios como o Tapajós, em meio a uma imensidão de água e pouquíssimos sinais de presença humana, é indescritível. Perceber que lá todas as praias são desertas e calmas, que você dá um mergulho nas mornas águas cristalinas e nem precisa se preocupar em tirar o sal do corpo, e que lá não tem um mosquito ou borrachudo sequer para te incomodar. Uma visão muito próxima do que alguns considerariam o verdadeiro paraíso. Ficou com vontade? Então... Conheça a Amazônia!


segunda-feira, janeiro 07, 2008

Uma Beleza de Feiúra

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. Flores às margens do mais-que-poluído Rio Tietê
Foto: © Daniel De Granville, 2007


Parecia um ótimo programa para fotografar no final de semana, misturando natureza e história: rodear a Serra do Japi parando em cidades históricas paulistas que compõem o Roteiro dos Bandeirantes, como Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus. Câmera na mão, pé na estrada, sem mapas nem muitos compromissos, acreditando no fator-surpresa como combustível para uma pequena aventura.

Após várias curvas que revelavam as belas paisagens da serra, de repente começamos a ver uma represa com coisas penduradas na vegetação das margens. A primeira impressão foi de bandos de garças, mas um olhar mais atento revelou cores e a surpreendente conclusão: eram incontáveis pedaços de lixo – garrafas, saquinhos de supermercado, panos e outros itens não identificáveis (além de uma meia-dúzia de teimosas aves). “Mas nós estamos do lado de uma cidadezinha pequena, não é possível que a população deste lugar produza tanto dejeto assim”, indagamos.

Logo fomos descobrir. Tudo aquilo estava vindo da capital São Paulo, via Rio Tietê. O mais importante curso d’água paulista, que no passado trouxe os desbravadores Bandeirantes e conferiu importância histórica a estas localidades, agora conduz só lixo e mal cheiro.

Nas pontes sobre o rio, nas praças, bares e restaurantes ao redor, a vida parecia prosseguir normalmente. As crianças brincavam, o carro de som anunciava o bailão que começaria algumas horas depois. O fenômeno que enfeia a enfeitada fachada da igrejinha é recente, tendo se intensificado em 2003. É inevitável tentar entender como as pessoas conseguem viver assim, como vão se acostumando a esta incrível realidade?

No final das contas, o curioso contraste entre a água escura e a espuma branca – lembrando blocos de gelo flutuantes – rendeu algumas boas imagens, até bonitas se desconsiderarmos a triste verdade.

Poluição ambiental e poluição visual...
Foto: © Daniel De Granville, 2007



SAIBA MAIS:
O Rio que insiste em viver
(Matéria vencedora do Prêmio de Reportagem
sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica em 2006)

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