terça-feira, setembro 28, 2010

Novos Postais

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Foto e Arte: © Daniel De Granville, 2006-2010

Acabaram de chegar dois novos postais de nossa coleção exclusiva, que agora conta com 20 modelos impressos em papel especial de alta qualidade. Desta vez, retratamos duas cenas que são ícones de Bonito: a Gruta do Lago Azul e o Monumento às Piraputangas, na Praça da Liberdade.

Entre em contato e adquira já os seus!

Foto e Arte: © Daniel De Granville, 2008-2010
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sexta-feira, setembro 17, 2010

Expedição 2010, Parte 3: Pantanal

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VEJA AS PARTES 1 e 2 DESTA HISTÓRIA
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Sorria, você está sendo fotografada!
Foto: © Daniel De Granville, 2010

“O que tem de tão especial no Pantanal?”. A pergunta, feita no momento em que a equipe está decidindo se muda ou não o roteiro original, pede resposta fácil, mas não necessariamente curta. Então, prefiro oferecer uma apresentação resumida da palestra que carrego em meu laptop. Ao mesmo tempo, dou minha resposta parcial, dizendo que a abundância e profusão de vida selvagem no Pantanal – em especial nesta época do ano – é algo fascinante e indescritível para quem se interessa por animais. Explico que, ao passarmos pelo portal de entrada da Transpantaneira, a paisagem se transforma e a bicharada dá um show diante de nossos olhos.


Enquanto um jacaré parece estar cheio de fome...
... o outro
carrega seu banquete, um cascudo recém capturado.
Fotos: © Daniel De Granville, 2010



Franco aproveita e faz uma piada: “ah, então quer dizer que de um lado está tudo calmo, mas de repente, a partir deste ponto que você falou, os bichos decidem que querem se mostrar para nós e começam a desfilar para as câmeras?!”. Eu respondo: “e-xa-ta-men-te”. Ele ri.

Partimos de Nobres pela manhã, parada para almoço em Cuiabá, siesta na van rumo a Poconé e finalmente a Transpantaneira. Quase todos dormem, já cansados após termos entrado na segunda metade da nossa viagem de ritmo intenso. Eu, ao lado do Ismael (nosso motorista), fico de olhos abertos procurando bichos. Peço para Ismael fazer uma parada estratégica no portal. “Aqui começa o Pantanal”, diz a placa. Todos despertam, descem para tirar fotos, e eu oriento para deixarem as câmeras preparadas.


(E) Anta é seguida por uma nuvem de insetos enquanto atravessa o rio.
(D) ... Diversidade Pantaneira: cervo-do-Pantanal, capivara e maria-cavaleira
compartilham uma das poucas poças remanescentes.
Fotos: © Daniel De Granville, 2010


Logo nos quilômetros iniciais de Transpantaneira, de longe vemos a primeira ponte com um resto de água, coalhada de jacarés empilhados. No meio deles, as aves aquáticas fazem um banquete com os peixes que ficaram presos e estão morrendo por falta de oxigênio. Viro para trás na van e vejo os olhares incrédulos de todos, fascinados com tanta concentração de bichos em um só ponto. Olho para Franco. Ele não diz nada, mas basta seu sorriso surpreso, que parece dizer “é, Daniel, você estava certo quando fiz aquela piada sobre o desfile dos bichos”... Pela primeira vez na expedição, eu não estava apreensivo ou tenso de preocupação com as possibilidades de encontrar animais para eles fotografarem. O espetáculo que vimos nos dois dias que seguiram está resumido nas fotos desta postagem.

Semana que vem, a Parte 4 (e última) de nossa aventura:
Botos na Amazônia.



Em sentido horário, a partir do alto: (1) Campo alagável salpicado de aves aquáticas em busca dos peixes; (2) Ninho de tuiuiu; (3) Uma vaca é carneada sem cerimônia no barranco do rio; (4) Uma das últimas piúvas ainda em flor.
Fotos: © Daniel De Granville, 2010
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quinta-feira, setembro 09, 2010

Expedição 2010, Parte 2: Arraias

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VEJA A PARTE 1 DESTA HISTÓRIA
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Mais uma missão cumprida: eis a arraia de água doce!
Foto: © Daniel De Granville, 2010

Dez dias e 57 metros de sucuri depois, já com a sensação de dever cumprido, era hora de partirmos de Bonito em busca do segundo objetivo da nossa viagem: as arraias de água doce. Após minhas pesquisas de pré-produção, o destino escolhido foi a região de Nobres, no Cerrado de Mato Grosso. Ainda que já tivéssemos encontrado algumas arraias em Bonito, as condições de visibilidade nessa outra região eram mais promissoras, já que – segundo informações – elas ocorriam em áreas mais próximas às nascentes, onde a água costuma ter menos sedimentos, o que favorece a fotografia.

Ao chegarmos em Cuiabá, nossa equipe de apoio local – Hélio e Jadilson – já estava a postos. Seguimos para a região de Bom Jardim, distrito de Nobres, onde deveríamos ficar pelos próximos 4 dias, antes de embarcar para a Amazônia à procura dos botos-cor-de-rosa. Nos instalamos, fizemos a tradicional reunião de logística e, para o dia seguinte, decidimos explorar um rio onde as chances de encontrar arraias eram boas.

O equipado Shaowen, antes do primeiro encontro com as arraias, tenta se desvencilhar de um tronco caído, enquanto
os peixinhos se divertem com a cena.

Foto: © Daniel De Granville, 2010


Manhã seguinte, após os preparativos detalhados de toda a tralha necessária – máscaras, reguladores, nadadeiras, cilindros, cintos de lastro, roupas de neoprene, lanches, bebidas, câmeras, lentes, baterias, veículo, etc, etc, etc – partimos para nossa nova aventura. A primeira hora, pelo menos para mim, foi de apreensão, já que não vimos uma arraia sequer no rio, e eu notava um certo olhar de frustração no restante da turma. Foi quando nosso guia Jadilson sugeriu: “Vamos continuar descendo o trecho não explorado pelos turistas que visitam aqui, pois as arraias são meio tímidas e podem estar concentradas rio abaixo. Mas será uma descida mais difícil, com galhos e árvores caídos acima e abaixo da superfície”. Dito e feito: foi realmente uma descida mais complicada, com a parafernália toda enroscando na vegetação, mas a recompensa veio logo: já nos primeiros 100 metros deste novo percurso as arraias começaram a dar as caras. E depois da primeira veio outra, e outra, e outra, totalizando oito arraias de tamanhos variados para saciar a vontade de nossos fotógrafos.

Jiří fotografa uma das oito arraias que encontramos
no mesmo trecho do rio.

Foto: © Daniel De Granville, 2010


O sucesso repentino foi tanto que, terminado o primeiro dia, a equipe considerou que já tinha fotografado arraia de tudo quanto era jeito possível. Assim, surgiu a ideia de uma mudança nos planos. Eles me perguntaram o que eu sugeriria, e eu – eterno apaixonado pelo Pantanal – recomendei uma expedição pantaneira de dois dias. Ainda que não tivesse nada para fotografar debaixo d'água lá, eles toparam... Na próxima postagem a história continua!

Uma pausa nos mergulhos para observar o voo das araras
antes da nossa despedida de Nobres.
Foto: © Daniel De Granville, 2010
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sábado, setembro 04, 2010

Vídeo: Mergulho com Sucuris

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.Debaixo d'água, cara a cara
com a pacata sucuri
Foto: © Daniel De Granville, 2010


Estou de volta após as aventuras com os fotógrafos Franco Banfi, Jiří Řezníček & Cia pelo Cerrado, Pantanal e Amazônia. Nas próximas postagens, irei contar como foram as demais etapas da viagem após nossa saída de Bonito, mas já adianto que o sucesso foi absoluto. Com as sucuris, por exemplo, fechamos as contas em 57 metros (na última postagem estávamos em 42)!

Para hoje, convido-os a assistirem o vídeo da equipe mergulhando com elas. Mais novidades ao longo deste mês.