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Fêmea de Bugio (Alouatta caraya) com filhote
na região da Rodovia Transpantaneira (MT)
FOTO © Daniel De Granville, 2003
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Fêmea de Bugio (Alouatta caraya) com filhote
na região da Rodovia Transpantaneira (MT)
FOTO © Daniel De Granville, 2003
Esta semana, mais precisamente no dia 4 de outubro, foi celebrado o Dia Mundial dos Animais, que – não por acaso – coincide com o dia de São Francisco, considerado o santo protetor dos animais.
Há tempos eu tenho o projeto de montar nesta data uma exposição fotográfica e informativa itinerante, visando conscientizar os motoristas sobre o problema da morte de animais silvestres nas nossas rodovias – especialmente aquelas que cruzam ambientes naturais mais conservados, como o Pantanal. Desde 1999, venho sistematicamente colhendo registros fotográficos de bichos atropelados em estradas, e infelizmente não tenho encontrado grandes dificuldades em encontrar o tema principal para fotografar.
Enquanto a tal exposição não se concretiza, gradualmente o assunto tem ganhado destaque na mídia, e em agosto de 2005 eu recebi convite da National Geographic para publicar um artigo sobre o tema em seu site, coincidindo com a matéria sobre o Pantanal que saiu na mesma edição.
A principal inspiração para este meu trabalho veio da pesquisa desenvolvida entre 1996 e 1997 pelo biólogo Wagner Fischer, onde ele registrou a morte de 1.400 animais em um ano de estudos na BR-262, que corta o Pantanal Sul. Dentre as vítimas estão 88 espécies – várias das quais ameaçadas de extinção – incluindo jacarés, capivaras, lobinhos, tamanduás, tatus, várias aves (como seriemas e gaviões) e até onças.
Este é um assunto para se pensar muito a respeito, especialmente em sua próxima viagem por nossas estradas, lembrando que os animais podem não ser as únicas vítimas de um acidente como este.
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