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. Material de divulgação do Projeto Mãos do Cerrado
produzido com imagens de minha autoria, em trabalho
realizado de forma voluntária.
FOTOS: © Daniel De Granville, 2006
ARTE: © Kiko Azevedo, 2006
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. Material de divulgação do Projeto Mãos do Cerrado
produzido com imagens de minha autoria, em trabalho
realizado de forma voluntária.
FOTOS: © Daniel De Granville, 2006
ARTE: © Kiko Azevedo, 2006
Cada vez mais, a fotografia vem se tornando para mim a mais importante atividade profissional e – espero – principal fonte de recursos em um futuro próximo. Tenho me empenhado bastante para isto e aprendido muito no dia-a-dia, em especial sobre aspectos mercadológicos. Venho notando, por exemplo, que além das dificuldades normais de mercado – como o alto custo dos equipamentos no Brasil, a grande concorrência e os baixos valores geralmente praticados – existe outra barreira a superar.
De um modo geral, percebo que alguns não conseguem enxergar e valorizar a fotografia como um produto ou serviço trabalhoso e intrinsecamente caro, e que portanto possui valor monetário agregado (incluindo a foto digital, que pode passar a impressão de não custar nada, mas que tem sim uma série de despesas associadas - equipamentos, investimentos em estudos, horas dedicadas ao trabalho). O volume de solicitações que recebo para “doar umas fotos para um site” ou “tirar umas fotos baratinho” é grande. É muito importante ressaltar que, com freqüência, eu cedo gratuitamente (e com o maior prazer) os direitos de uso de imagens de minha autoria para causas sociais ou ambientais, e ainda realizo serviços fotográficos sem custo para pessoas e entidades ligadas a estas atividades – instituições de cunho social, publicações sem fins lucrativos, reportagens sobre temas ambientais, teses acadêmicas, palestras, livros e outros.
Mas eu trabalho com fotografia, este é o meu produto, e todo produto tem um custo. Em especial quando se trata de alguma atividade com fins lucrativos, onde a minha fotografia será usada como um meio de divulgação que ajudará a vender outro produto. Ou seja, toda vez que posso eu faço o trabalho de bom grado, mas nem sempre é possível... Afinal, quando preciso fazer minhas compras no supermercado eu não posso chegar lá e pedir “será que vocês poderiam me ceder uns 3 kg de arroz e 1 kg de frango?”.
Interessante lembrar, ainda, que a contrapartida às vezes oferecida – colocar os créditos do fotógrafo junto à imagem – nada mais é do que o cumprimento da Nova Lei do Direito Autoral (Lei nº 9.610/98). Frequentemente me surpreendo ao encontrar fotografias de minha autoria impressas em materiais de divulgação ou em sites, sem minha permissão e sem os devidos créditos – um desrespeito à lei e ao autor da obra.
Em resumo, é sempre um prazer poder colaborar através das minhas imagens, e eu gostaria que sempre fosse possível ceder os direitos de uso sem custos ou a valores muito baixos. Mas isto acabaria inclusive prejudicando nossa classe profissional, como já tivemos exemplos recentes de fotógrafos que liberam o uso gratuito de centenas de fotografias de sua autoria, estranhamente autorizando até mesmo a não-inclusão de seus créditos nas imagens...
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