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.Jacarés-do-Pantanal (Caiman yacare) alimentando-se no início da noite
FOTO © Daniel De Granville, 2004
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.Jacarés-do-Pantanal (Caiman yacare) alimentando-se no início da noite
FOTO © Daniel De Granville, 2004
Um bom desafio para fotógrafos de vida selvagem é conseguir boas imagens de espécies com hábitos noturnos. Dentre as dificuldades, eu destaco o próprio ato de encontrar o bicho na escuridão, a necessidade de fornecer iluminação suplementar para poder fazer a fotografia e a busca por um enquadramento ou cenário que torne a imagem especial, fugindo do lugar-comum.
No Pantanal, é bastante praticada uma atividade turística chamada “focagem noturna”, na qual se percorre estradas ou rios (de carro ou barco) munido de faroletes fortes, popularmente denominados “cilibins”. É sem dúvida a melhor maneira para encontrar animais como lobinhos, jaguatiricas, corujas, curiangos, jacarés e muitos outros. Além de ajudar na busca, a luz do cilibim pode ser útil tanto para ajudar a fazer o enquadramento e o foco, como para iluminar o objeto da fotografia.
Morcego-beija-flor (Phyllostomidae/Glossophaginae) se aproveitando
de um bebedouro para aves na Mata Atlântica
FOTO © Daniel De Granville, 2005
de um bebedouro para aves na Mata Atlântica
FOTO © Daniel De Granville, 2005
Falando em iluminação, quase sempre será obrigatório utilizar o flash (que eu considero nada mais do que um “mal necessário”), a não ser que o bicho esteja bastante perto, o cilibim seja bom, sua lente seja clara e o ISO esteja regulado nas sensibilidades mais altas.
Uma imagem mais criativa pode ser obtida “brincando” com os tempos de exposição para aproveitar a luz ambiente, ou usando recursos do próprio flash, ou ainda através de técnicas curiosas como o “light painting”. Vale lembrar que, pelo fato de estar mostrando criaturas menos conhecidas do público em geral (por serem noturnas), este tipo de fotografia pode encantar o observador mais facilmente do que uma foto de cena diurna.
Por fim, o detalhe mais importante: a procura de animais durante a noite deve ser muito criteriosa para evitar perturbações excessivas sobre os mesmos. Uma luz forte, utilizada insistentemente e durante um período crítico, pode atrapalhar a alimentação e reprodução de um animal noturno, ou ainda deixá-lo mais vulnerável ao ataque de um predador. Se o animal for de hábito diurno e estiver descansando, o uso destes recursos deve ser terminantemente evitado.
Coruja-orelhuda (Rhinoptynx clamator), espécie que prefere
áreas abertas e cuja dieta inclui morcegos-vampiros
FOTO © Daniel De Granville, 2006
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áreas abertas e cuja dieta inclui morcegos-vampiros
FOTO © Daniel De Granville, 2006
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Gostei de ver!!!! colocando em alta estes lindos animais noturnos!!!
ResponderExcluire ai? vamos fazer nosso atlas de espécies brasileiras de morcegos?
Bjs e parebens...
Eliane Vicente