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Aves aquáticas no Pantanal, fotografadas com lente grande angular
FOTO © Daniel De Granville, 2004
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Aves aquáticas no Pantanal, fotografadas com lente grande angular
FOTO © Daniel De Granville, 2004
O texto de hoje é parcialmente inspirado pelo McGyver, personagem de programa de TV dos anos 80 que era capaz de consertar o motor de uma nave espacial usando apenas um elástico de escritório e um palito de dentes quebrado.
Como nós – profissionais da área – sentimos na pele todos os dias, equipamentos fotográficos são muito caros, especialmente no Brasil. Se você procurar por acessórios mais específicos, logo descobrirá que ele provavelmente não é comercializado no país e você terá que importá-lo, o que significa no mínimo uns 70% a mais em impostos, fora taxas. Em outras palavras, um fotógrafo que compra material de trabalho no Brasil vai pagar mais do dobro do preço médio praticado nos EUA ou Europa. Uma lente da Canon que lá custa pouco mais de US$ 1.000 (ou R$ 2.100), por exemplo, nas lojas de São Paulo é encontrada a R$ 5.300 (US$ 2.550) em média...
Levando em conta o rendimento médio por aqui, muitas vezes a única solução viável para se conseguir determinados acessórios é aplicar o a famosa tática do “faça-você-mesmo” – em outras palavras, ser criativo... e bom de gambiarra!
Eu tenho utilizado bastante esta abordagem com equipamentos para gravação de sons da natureza, um dos meus hobbies durante os momentos de lazer, e agora estou planejando inventar um novo dispositivo para disparar a câmera fotográfica remotamente, tentando obter imagens semelhantes à que abre o presente artigo (e que foi a capa de recente edição da Atualidades Ornitológicas, principal publicação brasileira sobre aves).
Gravando cantos de aves com um “refletor parabólico” de R$ 4,00
FOTO © Tietta Pivatto, 2005
FOTO © Tietta Pivatto, 2005
Durante meus trabalhos com a National Geographic como produtor e assistente de campo, vira e mexe precisávamos inventar coisas com o material que tínhamos disponível no meio do nada, portanto nestes momentos peculiares os meus dotes de “gambiarra” eram extremamente úteis! Acho que isto mostra bem como é trabalhar com fotografia de natureza sob condições adversas.
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