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. As palmeiras buriti crescem principalmente nas áreas mais úmidas,
formando as chamadas "veredas"
FOTO: © Daniel De Granville, 2007
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. As palmeiras buriti crescem principalmente nas áreas mais úmidas,
formando as chamadas "veredas"
FOTO: © Daniel De Granville, 2007
Continuando a seqüência de artigos sobre a viagem pelos ecossistemas brasileiros que fiz em janeiro, hoje vou falar sobre a região do Jalapão, que vem despontando como um dos mais promissores destinos de ecoturismo do país e, certamente, um lugar muito procurado por fotógrafos de natureza.
Localizado no leste do Estado de Tocantins, nas divisas com a Bahia, Piauí e Maranhão, o Jalapão possui uma área de aproximadamente 53 mil km² cobertos por vegetação típica do Cerrado, com a presença de plantas como o buriti, a lixeira e o já famoso capim-dourado – com o qual é feito o artesanato característico da região.
Peças como cestas, bolsas, bijuterias e enfeites são feitas
a partir do capim-dourado
FOTO: © Daniel De Granville, 2007
a partir do capim-dourado
FOTO: © Daniel De Granville, 2007
Sem dúvidas, o grande barato do Jalapão é se alojar no acampamento tipo safári da Korubo Expedições. Toda a equipe e o esquema da operação são elaborados de forma a deixar o visitante bem à vontade e ao mesmo tempo mostrar o que a região tem de mais interessante, sem esquecer dos cuidados ambientais.
Para os fotógrafos de natureza, talvez pela época do ano não ser a mais propícia, não vi um potencial especialmente interessante para fotografar fauna (mas lembrem-se que eu estou mal acostumado por viver ao lado do Pantanal!). As melhores oportunidades de fotografia são as belas paisagens de rios, cachoeiras, montanhas, chapadas e dunas.
Cachoeira da Velha, cujo impressionante volume de água
contrasta com uma paisagem quase desértica
FOTO: © Daniel De Granville, 2007
contrasta com uma paisagem quase desértica
FOTO: © Daniel De Granville, 2007
O único ponto negativo é que, a exemplo do que está ocorrendo na Amazônia e outras partes do nosso Cerrado, as grandes lavouras de soja – sem preocupações ambientais – vêm ameaçando seriamente o ecossistema. Resta esperar que a criação de mais unidades de conservação, como o Parque Estadual do Jalapão, possa ordenar estas atividades e garantir a manutenção dos ambientes naturais singulares da região.
O avanço da soja está perfeitamente retratado, parabéns!
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