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(Depois de um período de "bloqueio criativo" do TecnoReciclagem, segue a postagem de hoje nesse que é o meu segundo blog)
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Coma a pizza e depois vá mergulhar
para fotografar e queimar as calorias!
Ilustração: © Divulgação, BJ's Restaurant
(Depois de um período de "bloqueio criativo" do TecnoReciclagem, segue a postagem de hoje nesse que é o meu segundo blog)
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Coma a pizza e depois vá mergulhar
para fotografar e queimar as calorias!
Ilustração: © Divulgação, BJ's Restaurant
Comer pizza pode ajudar você a tirar melhores fotos subaquáticas. Num primeiro momento, a afirmação pode parecer no mínimo esdrúxula, mas no mundo da TecnoReciclagem ela faz todo o sentido! Afinal, quem já participou de alguma das Oficinas sabe, por exemplo, que comer queijo fatiado em bandeja de isopor pode ajudar a tirar melhores fotos macro. Então vamos à história de hoje.
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
Eu fotografo muito pouco debaixo d’água, e quando faço é nos rios aqui de Bonito, onde mergulho a profundidades de no máximo 3 ou 4 metros. Por isto nunca cogitei investir muito em um equipamento para este tipo de fotografia, priorizando aquilo que mais preciso no meu dia-a-dia. As caixas-estanque rígidas dedicadas, por exemplo, são extremamente caras. Além disso, assim que o fabricante muda o modelo da câmera (o que acontece cada vez com mais frequência), este acessório torna-se praticamente inutilizável.
Assim, após pesquisar bastante, optei por comprar uma bolsa estanque da conceituada marca alemã Ewa-Marine, que foi trazida para mim dos EUA por um fotógrafo com quem trabalhei em 2008. Com ela já fiz algumas imagens subaquáticas aqui em Bonito, na Amazônia e em Fernando de Noronha, mas constantemente tinha dificuldades em operar alguns dos controles da câmera, o que prejudicava bastante a agilidade necessária na fotografia de natureza.
CAPÍTULO 2: O PROBLEMA
Esta bolsa-estanque da Ewa-Marine é um produto lançado ainda na época das câmeras de filme, cujos controles e botões eram diferentes das atuais digitais. Dentre eles, nas Canon que uso hoje, sempre tive problemas com um comando em especial: trata-se do disco giratório traseiro que permite acesso rápido a várias funções da câmera, além de ser usado na compensação de fotometria e outros recursos. Como a bolsa-estanque é composta de um plástico grosso, e estando com as mãos molhadas, girar o tal disco era sempre complicado para mim. Era!
CAPÍTULO 3: A SOLUÇÃO
Eu já havia tentado resolver o problema colando uma rodela de borracha recortada de uma câmera de ar velha de bicicleta (quem já fez a Oficina TecnoReciclagem vai se lembrar: este é um dos itens mais importantes na caixa de ferramentas de um verdadeiro “tecnoreciclador"!). Porém, os resultados – ainda que razoáveis – não me satisfizeram.
Mas ontem, ao preparar meu equipamento para um trabalho de fotografia subaquática que começo a semana que vem (mais informações em breve), decidi dar uma fuçada na minha “caixinha de primeiros socorros” e encontrei exatamente o que eu precisava! Por algum motivo, eu tinha guardado há anos um desses suportes de plástico que vem nas embalagens de pizza quando você pede por telefone, usados para evitar que a tampa grude no queijo da cobertura. Parece a miniatura de um desses banquinhos de três pernas. Perfeito!
Bastou eu cortar as pernas do suporte na medida ideal que eu queria, dar uma lixada nas pontas restantes para arredondá-las, evitando o risco de furarem o plástico da bolsa, colar no disco da câmera com fita dupla-face e pronto. Agora eu tenho muito mais facilidade de acessar este controle da câmera quando estiver trabalhando debaixo d’água. O melhor de tudo? Além de ser do tamanho ideal, este modelo de suporte que eu tinha em casa vem com um furo no miolo, o que me permite acessar o botão SET da câmera que fica no meio do disco!
CAPÍTULO 4: BÔNUS
De quebra, aproveito para postar a solução de outro problema que identifiquei com este equipamento. Uma questão bem mais simples de resolver. Como vamos ter que descer corredeiras com um bote para chegar no local das fotos, fiquei preocupado com o risco de que eventualmente o vidro frontal da caixa-estanque pudesse se quebrar em algum impacto. Como protegê-lo? Fácil! Basta achar alguma embalagem de desinfetante que ia para o lixo e que tenha a medida certa (no meu caso, um diâmetro interno na faixa de 11 centímetros), cortar o fundo na altura adequada, lavar bem para tirar os resíduos, e você acaba de fabricar um sensacional protetor de lente!
Moral da história (e um dos lemas da TecnoReciclagem):
“Quem guarda, tem!” :-)
Muito legal, Daniel!
ResponderExcluirAgora só precisa patentear a invenção :)
Débora.